Couro Sintético
A tentação do couro
O termo “couro sintético” é, pela sua própria definição, falso. Porquê?
Primeiramente, a definição de couro: É a “estrutura fibrosa original" de um couro ou pele que, uma vez "curtido assume um estado imputrescível", o que caracteriza o produto "couro". Desta forma, sem a estrutura original da pele de um animal é impossível chamarmos couro a um produto, daí que o termo “couro sintético” seja um absurdo embora já tenham existido diversas tentativas de alterações da palavra “leather” para que abrangesse outros produtos derivados de fibras e outros sintéticos como o couro de ananás que resulta do emprego de fibras de ananás, sendo a justificação, na vasta maioria dos casos, que é mais barata e amigável perante animais e perante o ambiente em geral, culpando ainda, em alguns casos, as indústrias de curtumes por abates propositados.
Apontamos, como que numa nota complementar, que não existe nenhuma caça propositada a animais para proveito deste nobre setor. O couro é um subproduto animal que resulta do abate de animais para o setor alimentar, o que significa que a indústria de curtimenta faz uso de partes do animal que não seriam aproveitadas caso contrário. É responsabilidade do caçador fazer uso total da criatura que morreu às suas mãos.
A própria imagem a que o couro se associa torna-se tentador para outros produtos se tentarem associar seja pela sua nobreza ou caraterísticas inerentes que fazem do couro um material sensual, natural e único. Em síntese, o couro é uma palavra e produto poderoso e essa caraterística faz dele um alvo para muitos produtos concorrentes, chegando até ao ponto de serem divulgadas muitas notícias incompletas, muitas vezes incorretas e em alguns casos totalmente falsas. A APIC-Associação Portuguesa do Industriais de Curtumes, elaborou um artigo muito bem estruturado onde defende a importância deste material e expõe algumas ideias acerca do ponto atual do couro em Portugal.
Deixamos o link para o artigo caso seja de interesse:
APIC - Autenticidade do Couro
Recomendamos, também que siga as notícias no site da APIC: